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terça-feira

A política externa dos EUA e as lições da história

TEXTO DO JORNALISTA WILLIAM WAACK. E AO LADO OUTRO LIVRO QUE ESTOU LENDO ... PARA ENTENDER QUE NÃO EXISTEM GODS AND EVILS NESSE ASSUNTO DE POLÍTICA INTERNACIONAL. INTERESSES HUMANOS APENAS...
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Sinal claro de que alguma coisa está mudando em Washington é quando a Casa Branca tenta explicar o que o Departamento de Estado está fazendo. Aconteceu no meio desta semana ao se anunciar que representantes do governo americano participarão de uma conferência, em Bagdá, para discutir a situação no Iraque também com representantes do Irã e da Síria - dois países com os quais, oficialmente, os Estados Unidos não falam e muito menos os ouvem.

A título de "esclarecimento", o porta voz do governo americano disse que as coisas continuam como sempre, isto é, não há possibilidade de contato direto com os iranianos enquanto eles prosseguirem em seu programa de enriquecimento de urânio. Não parece ser bem assim. O Departamento de Estado não exclui a possibilidade de conversas bilaterais, entre ministros das Relações Exteriores dos dois países, numa conferência sobre o Iraque marcada para o mês que vem, também por iniciativa do governo iraquiano.

O que está acontecendo? Parte da imprensa americana - e da européia - fala de um "novo pragmatismo", marcado principalmente pela tentativa de Condoleezza Rice de falar de alguma maneira com os iranianos. Ela acha que as negociações multilaterais que levaram a um acordo de desarmamento com a Coréia do Norte (outro país com o qual Washington se recusava a falar) são exemplo que vale a pena a ser seguido.

Para conseguir o acordo com a Coréia, dizem jornais americanos, Condoleezza telefonou direto para o presidente George W. Bush, ignorando alguns de seus assessores republicanos, especialmente a turma em volta do vice-presidente Dick Cheney e do ex-embaixador americano na ONU, John Bolton. E formou-se uma espécie de aliança informal entre os diplomatas profissionais do Departamento de Estado e "realpolitikers" de muita influência, como Henry Kissinger, John Negroponte (o vice de Condolezza) e James Baker III - todos eles partidários do que chamam "engajamento", isto é, de conversas mesmo com os declarados inimigos.

Há sérias dúvidas, porém, sobre as reais intenções da Casa Branca. Parte dos comentaristas afirma que a possibilidade de conversas diretas com iranianos e sírios é apenas uma cortina de fumaça com a qual Bush pretende iludir seus opositores democratas no Congresso. O presidente precisa convencer vários deles de que realmente está dando uma chance para a diplomacia, no caso do Irã, se quiser a aprovação, no Congresso, de verbas suplementares para a guerra no Iraque.

Evidentemente a disputa entre "isolacionistas" (só eles não se consideram derrotados no Iraque) e os "realpolitikers" (pragmáticos com uma visão de mundo bastante conservadora) tem importância para o resto do mundo - é sempre assim quando a megapotência está à beira de tomar decisões (como no caso do Irã) de conseqüências imprevisíveis. Entra nesse momento o papel da personalidade na história, um dos temas favoritos dos historiadores, especialmente de um dos mais destacados da atualidade, Arthur Schlesinger Jr., que morreu quarta-feira (28) em Nova York, aos 89 anos de idade. Seu último livro, "War and the American Presidency", publicado em 2004, terminava com um veredicto devastador sobre a capacidade do atual presidente de conduzir uma guerra.

Sempre de gravata borboleta, capaz de escrever com o mesmo espírito crítico (e bom humor) sobre política externa, filmes ou culinária, Schlesinger Jr. era a personificação do intelectual liberal americano da Costa Leste, para quem Bush, o Texas e o fundamentalismo cristão que orienta boa parte da política americana eram sinônimos de atraso, perigo e obscurantismo.

Schlesinger Jr. passou a vida escrevendo porque história é importante para se entender o presente. Mas em sua obra derradeira, a que trata da maneira como guerras influenciaram presidências americanas e como presidentes americanos influenciaram guerras, usou uma citação de Hegel para resumir o que pensava de Bush e sua guerra no Iraque: "políticos jamais aprenderam qualquer coisa de útil da história".
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